quarta-feira, 1 de agosto de 2007

A volta do FEBEAPÁ.


Lá pelos anos 60 o jornalista Sérgio Porto, mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta, criou o FEBEAPÁ - Festival de Besteiras que Assola o País. O FEBEAPÁ era uma forma de expor ao ridículo, entre outras coisas, o regime militar brasileiro. Ponte Preta tornou célebre, por exemplo, o caso dos agentes do DOPS que tentaram prender Sófocles, autor da peça "Electra" e acusado de subversão...
Que diria Stanislaw se estivesse entre nós e pudesse ler os artigos do Diogo Mainardi? Esse mais do que ninguém merece fazer parte do FEBEAPÁ:


"Ao ser reeleito, em outubro do ano passado, Lula declarou que continuaria a governar para os mais pobres. No setor aéreo, isso se traduziu num descaso criminoso que culminou com os 200 mortos do acidente da TAM, independentemente das falhas do aparelho. O eleitorado de Lula é formado por gente que nunca voou. Quem morre em acidente aéreo é aquela parcela minoritária dos eleitores que sente ojeriza por ele. Na China, Mao Tsé-tung puniu a burguesia obrigando-a a trabalhar em fábricas e em campos de arroz. No Brasil, a luta de classes lulista puniu a burguesia transformando os jatos da Airbus em paus-de-arara."

(Revista Veja Edição 2018 de 25/07/07)

3 comentários:

Elvio Carvalho disse...

Eu não apoio o governo Lula, mas também não apoio a oposição. Faço parte de uma minoria, aliás quase uma unidade, pra ser sincero. No entanto, acho no mínimo ingênua a demonização de um partido ou de um indivíduo.
Penso que esse posicionamento crítico não colabora no enriquecimento das reflexões políticas.
Criar uma relação tão direta entre a crise aérea e o acidente ocorrido em Congonhas é utilizar-se de recurso malicioso para construir uma crítica insubstancial, mas não menos destrutiva. Ou, então, é o exagero zombeteiro. Artimanha própria da bufonaria.

Matheus Queiroz disse...

O comentário ficou melhor que a postagem..

Blogue com Allysson disse...

Eu realmente achava que nada mais no Mainardi me surpreenderia. Nem na Veja, diga-se.
Entretanto, vejo que para os maliciosos há sempre uma pá disponível para cavar mais e mais fundo. Mainardi não passa disso - um coveiro da democracia (e das inteligências alheias também)!!!
Mas ainda me pergunto: será que tem gente que acredita nisso tudo o que ele diz??? Bem, a pensar na qualidade intelectual pífia dos que lêem a enfadonha Veja, é bem possível que sequer sejam capazes de conhecer a história do Mao - sem trocadilhos.